Programação online do Estéticas das Periferias faz parte das celebrações do Dia da Consciência Negra

18 de novembro de 2021

A 11a edição do Estéticas nas Periferias, evento que reverencia a produção cultural nos territórios periféricos de São Paulo, pode ser acessada via Internet e é parte das celebrações do Dia da Consciência Negra (20/11). Quem não pôde acompanhar a realização dos shows musicais, espetáculos de teatro, debates e outras performances artísticas, entre 31 de outubro e 7 de novembro, tem a chance de conferir a programação no YouTube da Ação Educativa.

Neste ano, mais de 50 coletivos culturais em conjunto com Ação Educativa celebraram as mulheres negras que constroem a cultura das periferias. O mote principal foi a experiência da escritora Carolina Maria de Jesus, cuja exposição é destaque no Instituto Moreiral Sales (IMS-SP) até 30/01/2022. A proposta do Estéticas foi reconhecer a potência da produção feminina que tem resultado em uma onda de “novas carolinas”.

CONFIRA ALGUNS DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO:

Vedete de Favelas – Grupo Clarianas  

Formado por três cantoras e atrizes, Martinha Soares, Naloana Lima e Naruna Costa, o grupo Clarianas trouxe para o Estéticas das Periferias uma performance musical: Vedete da Favela, canção de Maria Carolina de Jesus. O clipe gravado em Paraisópolis, na capital paulista, foi apresentado no primeiro dia do evento, em 31 de outubro e agora pode ser visto no https://www.youtube.com/acaoeducativa ou clicando aqui.

Ensaio Sobre Carolina – Os Crespos

O Espetáculo inspirado na obra “O quarto de despejo”, de Maria Carolina de Jesus, também foi atração durante o Estéticas. O coletivo teatral Os Crespos encenou textos da escritora, em uma performance filmada na periferia paulistana. A performance completa pode ser conferida aqui.

Dos quilombos às favelas

Direto da sede da rádio comunitária Heliópolis, o DJ Régis recebeu Negro Lipão que apresentou uma prévia do novo tralho “Dos quilombos às favelas”. As canções levantam pautas antirracistas e reverenciam a cultura dos povos negros. A apresentação está disponível aqui.

Websérie “Nossa história invisível”

Com 10 episódios, a websérie “Nossa história invisível” também teve espaço na programação do Estéticas. Carol Rocha, uma das idealizadoras do projeto, contou sobre a concepção do trabalho que ouviu histórias de mulheres pretas relacionadas ao racismo, machismo entre outras violências. Assista neste link.

JUP do Bairro

A cantora e compositora paulista JUP do Bairro, que em 2020 a artista lançou o seu primeiro EP “Corpo sem Juízo”, apresentou parte desse repertório no último dia da programação do estéticas. Confira aqui.

Thiago Simas

Versátil, Tiago Simas trouxe ao Estéticas composições autorais que mesclam ritmos como o axé, reggae, pagode, eletrônico e rap, sem perder a sonoridade da música nordestina. O show foi exibido diretamente da Bahia onde vive o cantor. Confira aqui.

Campeonato de Slam 

Durante toda programação o público pôde assistir ao tradicional campeonato de Slam que, inclusive, contou com a participação de grupos em outros países, como Moçambique. Afinados deram um show sobre temas pertinentes ao racismo, machismo entre outras pautas sociais. Assista  aqui uma das fases da competição.

Poesia – Juliana Jesus 

A Poesia de Juliana Jesus também ganhou espaço no Estéticas, com uma performance na qual apresenta “sua voz quase sufocada” pelo racismo estrutural e preconceitos de classes. Confira  aqui  na íntegra.

 

AGENDA DAS PERIFERIAS:

Durante todo o ano, a Ação Educativa ajuda a divulgar a produção de coletivos culturais periféricos. As informações sobre essa agenda de eventos ficam disponíveis em www.esteticasdasperiferias.org.br.

Neste mês, uma série de atividades celebrarão o Dia da Consciência Negra. O Cine B Solar, iniciativa da Brazucah Produções, exibirá o filme “Doutor Gama”, entre 19 e 26 de novembro, para públicos na zona leste e sul de São Paulo.

Já em 19, 23 e 24 de novembro será possível acompanhar o Sarau Pretas Peri, que trará músicas e poesias para lives na página do Instagram: @bibliotecahelenasilveira. Já no próprio Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, tem a 9 edição da Feira Preta, com shows de nomes famosos como Emicida, Djonga e Tassia, e Péricles. A programação completa está disponível em http://festivalfeirapreta.com.br/.

Debates, exibições de filmes e apresentações artísticas com temáticas voltadas a questão racial fazem parte da programação do Som na Praça e São Mateus em Movimento. O evento acontece em 20 e 21 de novembro na Casa de Cultura São Mateus. O Grupo de Capoeira Angola também preparou uma apresentação especial, “Uruncungo Ancestral”, que poderá ser conferida no feriado, na Praça Carlos Alberto Figueira Leitão.

Na Casa Museu Ema Klabin o Dia da Consciência Negra será dedicado à oficina África(s) em Ação, jogo que explora a pluralidade e imensidão do continente africano. Já no Teatro Prudential tem o Festival da Consciência Negra, com participação da cantora e atriz Jéssica Ellen, enquanto a Casa de Cultura Vila Guilherme inaugura a mostra “Estandartes e Orixás”, do artista Kevin da Silva.

Fechando a agenda, o espetáculo de dança contemporânea “Relatos Amefricanos” pode ser conferido no YouTube, acessando aqui.

Serviço
Estéticas das Periferias no Youtube

https://www.youtube.com/user/acaoeducativa

https://www.facebook.com/esteticasdasperiferias/

Realização e apoio: Ação Educativa, com SESC; Instituto Moreira Salles; Casa das Rosas; Fábricas de Cultura; Instituto Itaú Cultural e Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura – SMC.

 

Agenda das Periferias

www.esteticasdasperiferias.org.br.

 

Sobre a Ação Educativa

Criada em 1994, é uma organização de direitos humanos, sem fins lucrativos, com uma trajetória dedicada à luta por direitos educativos, culturais e da juventude. Desde a sua fundação, integra um campo político de organizações e movimentos que atuam pela ampliação da democracia com justiça social e sustentabilidade socioambiental, pelo fortalecimento do Estado democrático de direito e pela construção de políticas públicas que superem as profundas desigualdades brasileiras, bem como pela garantia dos direitos humanos para todas as pessoas.