As ações de ocupar territórios e espaços segregados, celebrar a existência e resistência, presentes desde a primeira edição, seguirão vivas na edição comemorativa de dez anos do Encontro Estéticas das Periferias. Entre os dias 31 de outubro a 8 de novembro, o evento vai ocupar o ciberespaço, como forma de superar as limitações impostas pela pandemia.
Além da presença virtual, a novidade desta edição fica por conta do espaço “Periferias do Brasil”: pela primeira vez o encontro estará presente nas periferias de outros estados. Serão cinco convidados de fora da cidade de São Paulo, distribuídos em 4 estados de 3 diferentes regiões.
Adriano José, um dos coordenadores, pontua o desafio de promover um evento que tem como marca o protagonismo e autonomia dos atores. A produção e organização consolida o seu modelo de curadoria descentralizada. Em 2020, serãos 46 grupos e coletivos culturais que compartilham a produção, organização e apresentação das diversas atrações.
O espaço “Periferias do Brasil’, explica Adriano, marca o passo inicial de nacionalização do encontro. Da região Nordeste, chega o grupo “Maracatu Solar” (Fortaleza – Ceará), da região Norte, os representante são Mestre Lourival Igarapé e Jailson Tecnobrega (Belém do Pará – Pará); Na região sudeste o Kdu dos Anjos do Lá da Favelinha (Belo Horizonte – Minas Gerais), e OCUPA FUNK! do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/RJ).
“O Periferias do Brasil é o primeiro passo que o Encontro Estéticas da Periferia dá no seu processo de celebrar, em escala nacional, a cultura periférica para além de São Paulo. A realização do encontro todo online foi uma oportunidade para iniciar esse movimento”, comenta. Quem quiser tirar a prova dos versos dos racionais “Periferia é periferia em qualquer lugar”, é só ficar atento e acompanhar o Estéticas 2020.